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Com a chegada do inverno em 21 de junho de 2025, a preocupação com a saúde da pele se torna ainda mais essencial.

Nessa época do ano, temperaturas mais baixas e menor umidade do ar contribuem significativamente para a perda de água da pele e a diminuição da oleosidade natural, prejudicando a barreira cutânea e intensificando sintomas como ressecamento, descamação, coceiras e irritações.

Especialistas do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo alertam que práticas comuns no frio, como banhos quentes, uso de sabonetes agressivos, negligência com o hidratante e o uso de roupas de lã em contato direto com a pele, estão entre os principais vilões que comprometem a integridade da pele no inverno.

Para além dos cuidados pessoais, é importante destacar que fatores ambientais também influenciam na saúde cutânea. Ambientes fechados e aquecidos artificialmente, muito comuns durante o inverno, contribuem para a redução da umidade do ar, potencializando o ressecamento da pele.

Sempre que possível, recomenda-se o uso de umidificadores de ar ou, alternativamente, recipientes com água próximos a fontes de calor.

Outro ponto fundamental é a hidratação interna. A ingestão adequada de água, muitas vezes negligenciada nos meses frios, é essencial para manter a pele nutrida e equilibrada.

Mesmo quando a sensação de sede diminui, o organismo continua necessitando de reposição hídrica, especialmente para preservar o funcionamento ideal das células cutâneas.

Adicionalmente, a alimentação balanceada também desempenha papel determinante na manutenção de uma pele saudável.

Alimentos ricos em ômega-3, como peixes de água fria (salmão, sardinha), sementes de chia, linhaça e nozes, auxiliam na redução da inflamação cutânea e contribuem para a produção de lipídeos naturais.

Da mesma forma, frutas e legumes ricos em antioxidantes e vitaminas, como a cenoura, a abóbora e o mamão (fontes de betacaroteno), fortalecem a barreira protetora e previnem o envelhecimento precoce.

A prática de atividades físicas regulares também pode colaborar positivamente para a saúde da pele durante o inverno.

O exercício ajuda a estimular a circulação sanguínea e a oxigenação dos tecidos, favorecendo a nutrição celular e contribuindo para a manutenção do viço e da elasticidade cutânea.

Mesmo em dias frios, manter uma rotina de movimentação corporal é um aliado na prevenção de desequilíbrios fisiológicos que afetam diretamente o maior órgão do corpo humano.

Winter Skin Care: Habits to Avoid vs. Healthy Alternatives
🚫 Harmful Habit Effect on Skin ✅ Recommended Practice
🔥 Hot Showers Strips natural oils, increases dryness and irritation Use lukewarm water and shorten bath time
🧼 Harsh Soaps & Loofahs Damage the skin’s protective barrier Choose mild cleansers and avoid scrubbing aggressively
💧 Skipping Moisturizer Leads to increased dryness and flaky skin Apply moisturizer right after bathing to lock in moisture
🧣 Wool on Bare Skin Can cause itching, irritation, or allergic reactions Wear cotton layers underneath wool clothing

Quem sofre mais com o ressecamento?

Durante o inverno, alguns grupos populacionais demonstram maior propensão ao ressecamento e às alterações cutâneas.

Entre os mais afetados, destacam-se:

  • Pessoas com dermatite atópica, psoríase ou xerose cutânea (pele extremamente seca);
  • Idosos, devido à redução fisiológica da produção de lipídeos pela pele;
  • Crianças, com tecido cutâneo ainda imaturo e mais suscetível;
  • Pessoas negras, cuja estrutura da pele apresenta menor capacidade de retenção de água.

Cuidados essenciais para manter a pele hidratada em 2025

Para combater os efeitos das baixas temperaturas, os dermatologistas reforçam a necessidade de um cuidado preventivo e constante.

As boas práticas incluem:

  • Preferir banhos mornos e rápidos (até 10 minutos): A temperatura da água deve ser morna, suficiente para conforto sem comprometer a oleosidade da pele.
  • Utilizar sabonetes suaves ou neutros, de preferência à base de glicerina: Estes produtos limpam sem agredir o tecido cutâneo.
  • Evitar o uso de buchas ou esponjas abrasivas: A limpeza deve ser feita com suavidade, apenas com as mãos ou panos macios.
  • Aplicar hidratante imediatamente após o banho: O momento ideal é com a pele ainda levemente úmeda, pois favorece a absorção e retenção da umidade.

Ingredientes recomendados para hidratação eficaz

No inverno de 2025, os hidratantes mais indicados são aqueles com alta concentração de ativos umectantes, emolientes e reparadores da barreira cutânea.

Os componentes recomendados incluem:

  • Ceramidas: Fortalecem a estrutura da pele e previnem a perda de água.
  • Ureia (em baixa concentração): Tem ação umectante e ajuda a reter a umidade natural.
  • Glicerina: Cria uma camada protetora sobre a pele, atraindo água para as camadas superficiais.
  • Manteigas vegetais (karité, cupuaçu, cacau): Fornecem lipídeos que reforçam a barreira de proteção.
  • Ácido hialurônico: Potente hidratante que melhora a elasticidade da pele.

E os óleos corporais? Eles hidratam?

Embora amplamente utilizados, os óleos corporais não hidratam de fato a pele.

Conforme esclarecido por especialistas do HSPE, sua função principal é impedir a perda de água já presente na pele.

Portanto, se o tecido já estiver desidratado, o óleo não será suficiente para restaurar a hidratação.

A solução ideal é utilizar o óleo em conjunto com cremes hidratantes ricos em umectantes.

Essa combinação protege e repara a pele de forma mais completa, sendo recomendada especialmente à noite, antes de dormir.

Quando procurar ajuda médica?

A dermatologista Maria Augusta Pires Maciel, do HSPE, alerta que o ressecamento cutâneo não deve ser considerado apenas uma questão estética.

Quando a barreira natural da pele se encontra danificada, as consequências podem incluir:

  • Infecções cutâneas (fúngicas ou bacterianas);
  • Alergias e dermatites de contato;
  • Agravamento de doenças preexistentes, como eczema ou psoríase.

Se houver sinais como vermelhidão persistente, coceira intensa, fissuras dolorosas, descamação severa ou ardência, é recomendado buscar atendimento dermatológico imediato.

A importância do protetor solar no inverno

Mesmo com dias nublados e menor incidência de luz solar direta, a radiação ultravioleta continua presente e capaz de causar danos.

Por isso, a aplicação do protetor solar deve ser mantida diariamente, especialmente em regiões expostas como rosto, pescoço e mãos.

A exposição sem proteção pode acelerar o envelhecimento precoce, causar manchas e até aumentar o risco de câncer de pele, mesmo em meses frios.

Considerações finais: um inverno de autocuidado e prevenção

Em 2025, o autocuidado se tornou um pilar essencial da saúde física e emocional.

A pele, sendo o maior órgão do corpo humano, exige atenção redobrada diante dos desafios do inverno.

Práticas simples, como reduzir a temperatura do banho, escolher os produtos adequados e aplicar hidratantes com regularidade, são decisivas para manter a integridade cutânea.

Com informação e constância, é possível atravessar os meses frios sem abrir mão da saúde e da beleza da pele.

Em caso de dúvidas ou sintomas persistentes, não hesite em procurar orientação dermatológica especializada.

Autor

  • Lara Barbosa é graduada em Jornalismo, com experiência em edição e gestão de portais de notícias. Sua abordagem mescla pesquisa acadêmica e linguagem acessível, tornando temas complexos em materiais didáticos e atraentes para o público geral.